Há exatos 10 anos, a IBM anunciava um investimento de 1 bilhão de dólares para juntar-se à comunidade Linux, tornando o Mainframe aberto ao primeiro sistema operacional livre do mercado. O Linux no mainframe ganhou rapidamente espaço entre os usuários da plataforma por sua alta segurança no gerenciamento de transações críticas de negócios e pela simplificação dos recursos de TI. A simplicidade, flexibilidade e segurança da plataforma também a tornaram uma das preferidas do setor de finanças.
Desde 2000, a IBM fechou cerca de 15.000 contratos relacionados ao Linux nos principais segmentos, como governo, varejo e saúde – tanto em mercados tradicionais, quanto em países emergentes, como Brasil e China. Atualmente, mais da metade das cerca de 5 mil aplicações disponíveis para Mainframe são baseadas em Linux – apenas em 2009 foram adicionadas aproximadamente 500 novas ofertas a este portfólio. Como resultado, a IBM estima que mais de 70% dos 100 maiores clientes de mainframe rodem em Linux. Organizações ao redor do planeta continuam a apostar no Linux em Mainframe para executar uma alta variedade de transações, como reservas aéreas e processos sísmicos. A própria IBM utilizou a plataforma para seu projeto Big Green, consolidando 3900 servidores em cerca de 30 Mainframes com sistema operacional Linux.
Na próxima década, o Linux e as plataformas abertas continuarão a desempenhar um papel fundamental na estratégia de negócios da IBM. Com o mundo se tornando cada vez mais interconectado e inteligente e com um número cada vez maior de ferramentas e dispositivos móveis, o Linux torna-se um elemento fundamental e presente em boa parte das novas tecnologias, em especial as voltadas à virtualização e cloud computing.
Quem diria: o pinguim, que começou patinando no gelo, agora voa nas nuvens!!
Linha do tempo
2000 – A IBM anuncia suporte ao Linux em Mainframe. O 1º servidor a rodar com o software livre foi o S/390.
2001 – O Banco Mercantil do Brasil foi a 1ª instituição financeira do mundo a adotar o Linux em Mainframe em um servidor S/390 G6.
2002 – A IBM lança o eServer zSeries, 1ª família de Mainframe rodando apenas Linux, via tecnologia de virtualização z/VM.
2003 – A IBM Brasil inaugura em parceria com a Unicamp o Linux Technology Center (LTC), centro dedicado ao desenvolvimento da tecnologia Linux no País. A Universidade utiliza um Hub de Mainframe com Linux.
Mais de 250 aplicativos já estão disponíveis para Linux, incluindo Lotus Notes e sistemas de automação Tivoli.
2004 – A IBM anuncia uma série de investimentos e iniciativas para o Mainframe, inclusive a ampliação de sua rede de parceiros de software Linux para ampliar o alcance da plataforma.
2005 – A IBM anuncia o System z9, nova geração de Mainframe totalmente comprometida com plataforma aberta Linux.
2006 – A IBM investe US$ 2,2 milhões na expansão do Linux Technology Center (LTC) em Hortolândia.
A IBM reporta um aumento de 30% (ano a ano) em sua base de clientes rodando Linux em Mainframe.
2007 – Como parte do projeto Big Green, a IBM anuncia a consolidação de 3900 servidores de seus data centers em todo o mundo em cerca de 30 Mainframes System z com sistema operacional Linux.
2008 – Inteligência no Mainframe: a IBM disponibiliza o seu software de Business Intelligence (BI) Cognos 8 para Linux em Mainframe.
2009 – No 1º trimestre, a IBM reportou um aumento de 50% nas vendas de Mainframes com sistema operacional Linux, em relação ao mesmo período de 2008.
A IBM anuncia o desenvolvimento do supercomputador Sequoia para o Departamento de Energia dos EUA, com lançamento previsto para 2011. O Sequoia atingirá a velocidade de 20 Petaflops e rodará em Linux.
2010 – Hoje, o Linux é o sistema operacional que mais cresce em todo o mundo. Mais de 70% dos principais clientes mundiais de mainframe rodam em Linux; e cerca de 3 mil aplicativos Linux para Mainframe estão disponíveis no mercado. O Linux em Mainframe é altamente indicado para rodar sistemas de Cloud Computing e BI.
Fonte: IBM comemora 10 anos do Linux no Mainframe
Kleber Rodrigo de Carvalho